O vereador Lucão (PL) denunciou uma situação irregular em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) de Juazeiro do Norte, onde, segundo ele, um médico tentou substituir a filha, que seria a profissional contratada para atender os pacientes.
Durante uma fiscalização realizada nesta terça-feira, Lucão afirma ter recebido uma denúncia sobre a ausência da equipe de saúde nas UBSs 60 e 71, que funcionam no mesmo prédio. Segundo ele, ao chegar ao local, encontrou apenas duas funcionárias, quando deveria haver uma equipe completa de quase dez profissionais por UBS.
Em contato com o secretário de Saúde, Iago Nunes, o vereador foi informado de que a unidade havia ficado sem energia elétrica durante a manhã, o que teria atrapalhado os atendimentos. No entanto, com o retorno da energia à tarde, os pacientes deveriam estar sendo atendidos normalmente.
Pouco tempo depois, um médico identificado como Dr. Glauco chegou ao local e anunciou que realizaria os atendimentos. Ao questioná-lo, Lucão descobriu que o profissional não era contratado da unidade, mas sim pai da médica responsável pelo serviço. O vereador então solicitou que ele não atendesse os pacientes, pois não havia sido designado oficialmente pelo secretário de Saúde ou pela coordenação da UBS.
Discussão e tentativa de impedir fiscalização
Apesar do pedido, o médico continuou com os atendimentos, levando os pacientes para o consultório. Lucão entrou na sala e questionou a situação novamente. Foi então que, segundo ele, o médico tentou fechar a porta em seu rosto, afirmando que o vereador não tinha autoridade para impedir o atendimento.
“Não é porque você é família que pode fazer o que quiser. Tem que ter lei, tem que ter organização”, afirmou o vereador, destacando que filmou toda a ação para evitar distorções dos fatos.
Providências e possível ação no Ministério Público
Lucão informou que irá representar administrativamente a denúncia junto à Prefeitura e à Secretaria de Saúde e, caso necessário, levará o caso ao Ministério Público.
“Eu exijo respeito. Isso é garantido por lei e pela Constituição. Eu fui votado pelo povo e estou apenas cumprindo meu dever como vereador”, finalizou.
O caso gerou repercussão na Câmara Municipal e na imprensa local, e agora a expectativa é que a Secretaria de Saúde tome medidas para evitar que situações como essa voltem a ocorrer.
Aerlon Avelino.