Em uma reviravolta inesperada, líderes do movimento terraplanista admitem falhas em suas crenças após expedição à Antártida não alcançar objetivos.
Um grupo de defensores da teoria da Terra plana, que embarcou em uma missão de pesquisa autossustentável rumo à Antártida, anunciou nesta sexta-feira (20) que reavaliará suas premissas após o fracasso de seu experimento principal. A expedição, planejada para confirmar a suposta existência de uma “muralha de gelo” que delimitaria o planeta, terminou com resultados inconclusivos e dificuldades logísticas que abalaram os organizadores.
De acordo com o porta-voz do grupo, Jonas Ribeiro, os pesquisadores enfrentaram condições climáticas severas e problemas técnicos com os equipamentos de navegação, o que comprometeu a coleta de dados. “Estávamos confiantes de que encontraríamos evidências visuais e medições que reforçassem nossas hipóteses. No entanto, tivemos que reconhecer inconsistências nas nossas projeções”, declarou Jonas.
A missão utilizou um barco equipado com câmeras de alta resolução e instrumentos de mapeamento topográfico. Apesar de percorrer mais de 1.500 km na região polar, a equipe não encontrou nenhuma barreira física que sustentasse suas teorias. Além disso, o uso de mapas convencionais revelou-se mais eficaz do que os modelos alternativos propostos pelos terraplanistas.
Dúvidas e Reflexão
O episódio gerou debates internos entre os apoiadores do movimento. Alguns membros mais céticos começaram a considerar a possibilidade de que as evidências científicas tradicionais, como imagens de satélite e estudos geodésicos, sejam mais confiáveis do que imaginavam.
Especialistas acadêmicos reagiram com otimismo à notícia. “O fato de eles estarem dispostos a reavaliar suas crenças é um avanço significativo. A ciência se baseia na observação e na capacidade de corrigir erros”, disse a geógrafa Camila Prado, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Enquanto isso, o grupo prometeu publicar um relatório detalhado sobre a expedição e convocar uma nova conferência para discutir os rumos do movimento. “Não abandonaremos nossas ideias sem uma análise criteriosa. Mas admitimos que esta jornada nos deu muito o que pensar”, concluiu Jonas Ribeiro.
O evento marca um ponto de inflexão para o movimento terraplanista e destaca a importância do rigor científico em debates polêmicos.