Senado analisa projeto de lei que reconhece Juazeiro do Norte como Capital Nacional das Romarias

O Senado Federal recebeu nessa segunda-feira, 25 de agosto, o Projeto de Lei nº 4194/2025, de autoria do senador Eduardo Girão (Partido Novo), que propõe conceder ao município de Juazeiro do Norte, o título de Capital Nacional das Romarias. A iniciativa busca reconhecer oficialmente a relevância histórica, cultural e espiritual da cidade, que se consolidou como um dos maiores centros de peregrinação religiosa da América Latina.

Fundada em 1858 e transformada pela chegada do Padre Cícero Romão Batista em 1872, Juazeiro do Norte tornou-se sinônimo de fé popular. Milhões de romeiros visitam a cidade todos os anos, movidos pela devoção ao “Padim Ciço” e pelas tradições religiosas que atravessam gerações. O município, que hoje ultrapassa 300 mil habitantes, é também o maior do interior do Ceará e o centro da Região Metropolitana do Cariri.

No projeto, Girão destaca que a economia local é fortemente impulsionada pelas romarias, que movimentam comércio, hotéis, restaurantes, artesanato e serviços, gerando emprego e renda para milhares de famílias. Monumentos como a estátua do Padre Cícero na Colina do Horto, a Basílica Santuário de Nossa Senhora das Dores, o Santuário dos Franciscanos, o Santuário dos Salesianos e a Capela do Socorro, onde Padre Cícero está sepultado, são marcos que acolhem os peregrinos e reforçam a identidade espiritual da cidade.

Entre as principais romarias permanentes, estão a de Nossa Senhora das Candeias (fevereiro), a Romaria em memória da Páscoa do Padre Cícero (julho), a de Nossa Senhora das Dores (setembro) e a de Finados (novembro), considerada a maior de todas. Além dessas, muitas romarias que não são calendarizadas acontecem durante todo o ano. Esses eventos mobilizam multidões em manifestações de fé que fazem de Juazeiro do Norte um destino único no Brasil.

Segundo o senador Eduardo Girão, reconhecer Juazeiro como a Capital Nacional das Romarias “não é apenas formalizar uma vocação já existente, mas também potencializar o turismo religioso, fortalecer a economia e preservar o patrimônio cultural material e imaterial que envolve essa tradição”.