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Pesquisadores desenvolvem insulina oral para o tratamento de diabetes

Pesquisadores da Universidade de Sydney, na Austrália, estão desenvolvendo uma insulina oral, que pode ser uma revolução no tratamento de pacientes com diabetes que precisam fazer o uso do medicamento na forma injetável para controlar o nível de glicose no sangue.

A insulina oral já foi usada em ratos e camundongos com diabetes e babuínos saudáveis, mostrando ótimos resultados (publicados no periódico científico Nature). A expectativa é testar a nova insulina em seres humanos a partir do próximo ano.

Segundo os especialistas ouvidos pela Agência Einstein, os efeitos obtidos com os animais dão indícios de que a nova forma de utilização da insulina leva vantagem sobre a injetável porque entrega o hormônio diretamente no fígado, onde pode ser absorvido ou entrar na circulação sanguínea.

“Isso reduz o risco de hipoglicemia, ou seja, a queda do açúcar do sangue, pois a liberação ocorre de maneira controlada, de acordo com as necessidades do paciente, diferentemente do que acontece com as injeções, que fazem com que a insulina seja disponibilizada de uma vez só”, explica a médica.

A insulina oral facilita o tratamento

Outra vantagem da utilização da insulina oral é que ela provavelmente garantirá uma adesão maior ao tratamento, pois os pacientes não terão a necessidade de se picar. Segundo os médicos, muitos pacientes evitam aplicar a substância quando estão fora de casa com o receio de sofrerem um episódio de hipoglicemia, que pode provocar confusão mental, tontura, palpitações, tremores e, em casos mais graves, desencadear crises convulsivas, a perda de consciência e até o risco para a vida. “Isso sem falar que a necessidade de ficar monitorando a glicemia com um furinho na ponta do dedo seria menor”, diz a médica.

“Apesar de as insulinas atuais terem um manejo bem mais confortável do que no passado, a administração oral poderia levar à maior aderência, sim”, concorda Lottenberg. Os médicos ouvidos pela Agência Einstein dizem, no entanto, que a única má notícia é que ainda há um longo caminho a percorrer para que a insulina oral esteja acessível aos diabéticos.

Fonte: CNN

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