Uma operação coordenada pela Polícia Civil de Goiás, com apoio de agentes do Ceará e de outros cinco estados, apura um esquema de fraude em resultados de jogos na Série B do Campeonato Brasileiro. A ação, batizada de Operação Jogada Marcada, foi deflagrada na última quarta-feira (9) e tem como alvos atletas, técnicos e dirigentes suspeitos de envolvimento.
As investigações apontam que o grupo articulava os resultados por meio de um aplicativo de mensagens, em um grupo nomeado “Arbitragem da Propina”. O esquema teria movimentado cerca de R$ 11 milhões, segundo as autoridades. Foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão e efetuadas seis prisões até agora.
Um dos detidos é Cleison Ivan Barros, ex-presidente do Crato Esporte Clube. A suspeita surgiu após uma partida de 2022, em que o Crato perdeu por 9 a 2 para o Atlético-CE, resultado considerado anormal. A prisão aconteceu no Ceará, como parte da ofensiva contra o suposto esquema.
A defesa de Ivan Barros alega que ele foi absolvido pela Justiça Desportiva ainda em 2022 e que não atua mais no futebol desde aquele ano. Os advogados também afirmam que o ex-dirigente prestou esclarecimentos à polícia e negam qualquer irregularidade, classificando a prisão como indevida.
A operação segue em andamento, com foco em desmantelar toda a rede de envolvidos.