Todos os dias, mulheres desaparecem no Brasil e no mundo. Algumas reaparecem com suas próprias explicações, mas muitas nunca mais são vistas. A sociedade, muitas vezes, minimiza esses casos, classificando-os como “fugas voluntárias” ou até culpabilizando as próprias vítimas. No entanto, a realidade é que muitas dessas mulheres são vítimas de crimes, violência doméstica, tráfico humano ou problemas de saúde mental, como depressão.
A falta de atenção e de prioridade nesses casos é alarmante. Quando um homem desaparece, a preocupação é imediata, mas quando se trata de uma mulher, frequentemente surgem questionamentos como: “Será que fugiu com um namorado?” ou “Queria apenas sumir?”. Esse tipo de pensamento desvaloriza a seriedade do problema e atrasa as investigações.
Além disso, a mídia nem sempre dá a devida cobertura aos desaparecimentos, principalmente quando se trata de mulheres negras, periféricas e pobres. O descaso institucional faz com que muitas famílias fiquem sem respostas, lutando sozinhas para encontrar suas filhas, mães e irmãs.
Por isso, é essencial continuar divulgando esses casos. Cada postagem, cada compartilhamento pode ser a chave para reencontrar alguém. Precisamos cobrar das autoridades investigações mais ágeis e eficientes, além de exigir políticas públicas que protejam e previnam o desaparecimento de mulheres.
Falar sobre isso nunca será demais. Afinal, enquanto uma única mulher ainda estiver desaparecida, o silêncio não pode ser uma opção.