Um recente ensaio clínico sugere que medicamentos para diabetes, como o Ozempic, poderiam ser utilizados para proteger o cérebro de pacientes com Alzheimer. Esses medicamentos podem retardar a perda cognitiva, ajudando as pessoas a manterem suas habilidades de pensar claramente, lembrar de coisas e realizar atividades diárias por mais tempo.
O estudo, realizado no Reino Unido com 204 participantes, demonstrou que aqueles que usavam liraglutida – um medicamento na mesma classe do Ozempic – apresentaram um declínio cognitivo 18% mais lento em comparação com aqueles que tomavam um placebo. Esses resultados precisam ser confirmados em ensaios maiores, que já estão em andamento, antes que esses medicamentos possam ser aprovados para essa nova indicação.
Os medicamentos GLP-1, como o Ozempic e a liraglutida, são conhecidos principalmente por seu uso no controle do diabetes e na ajuda para perda de peso. No entanto, estudos em animais sugeriram que esses medicamentos também possuem ações benéficas no cérebro, como a redução da neuroinflamação, diminuição de proteínas tóxicas, melhoria da resistência à insulina e aumento da função sináptica.
De acordo com Paul Edison, professor de neurociência no Imperial College London, os medicamentos GLP-1 podem diminuir a taxa de declínio cognitivo em pacientes com Alzheimer. Esses medicamentos têm mostrado diminuir a neuroinflamação e as proteínas tóxicas amiloide e tau, além de melhorar a função sináptica, que é a transmissão de impulsos entre as células.
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