A candidata às primárias do Partido Republicano à Casa Branca, Nikki Haley, 52 anos, ex-governadora da Carolina do Sul, levantou dúvidas sobre a aptidão mental do ex-presidente dos EUA, Donald Trump. A controvérsia surgiu após Trump supostamente confundi-la com Nancy Pelosi, ex-presidente da Câmara, durante declarações relacionadas aos ataques ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021.
Na sexta-feira (19 de janeiro), Trump culpou Haley pelos ataques ao Capitólio, alegando que ela teria recusado um reforço de 10.000 agentes de segurança oferecido por seu governo durante seu mandato (2017-2021). No entanto, parece que Trump confundiu Haley com Nancy Pelosi, a quem frequentemente atribui a responsabilidade pelos eventos extremistas.
Em resposta, Nikki Haley expressou preocupações sobre a aptidão mental de Trump, afirmando que durante a Presidência, não se pode ter alguém que questione sua estabilidade mental. Haley esclareceu que Trump a mencionou várias vezes nesse contexto, apesar de não ter estado em Washington, DC, no dia 6 de janeiro de 2021.
Durante um evento com apoiadores em Keene, New Hampshire, no sábado (20 de janeiro de 2024), Haley destacou: “A preocupação que tenho é, não estou dizendo nada depreciativo, mas quando você está lidando com as pressões de uma Presidência, não podemos ter outra pessoa que se questione se está mentalmente apta”.
Além disso, Haley levantou a questão sobre a idade na política, questionando se o país deve ter “duas pessoas de 80 anos concorrendo à presidência”, referindo-se a Trump (77 anos) e Biden (81 anos). Ela propôs limites de mandato e testes cognitivos para políticos com mais de 75 anos.
Em resposta, Trump afirmou durante um evento de campanha em Manchester, New Hampshire, que realizou recentemente um teste cognitivo e que sua “mente está mais forte agora do que há 25 anos”. Ele assegurou que informaria Haley caso “ficasse mal”.
Chris LaCivita, conselheiro sênior da campanha de Trump, minimizou a confusão, afirmando que a distinção entre Nancy e Nikki é “uma distinção sem diferença”. A polêmica destaca a crescente tensão dentro do Partido Republicano às vésperas das primárias.