Meta altera diretrizes e permite que usuários associem gays e trans a ‘doenças mentais’

A Meta, empresa responsável pelas plataformas Facebook, Instagram e Threads, anunciou mudanças significativas em suas Diretrizes da Comunidade, permitindo que usuários associem gays e pessoas trans a doenças mentais, especialmente em contextos de debates religiosos ou políticos. As novas regras flexibilizam as políticas anteriores, que restringiam discussões sobre gênero e orientação sexual.

Com as alterações, a Meta agora permite conteúdos que defendem a limitação de gênero em determinadas profissões, como nas forças armadas ou no ensino, desde que se baseiem em crenças religiosas ou debates culturais. Especialistas alertam que essas mudanças podem proporcionar um ambiente propício a discursos de ódio e discriminação contra a comunidade LGBTQIA+.

No Brasil, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu que atos ofensivos contra pessoas LGBTQIA+ podem ser classificados como injúria racial, reforçando a criminalização de discursos discriminatórios. A Meta, por sua vez, manteve restrições a conteúdos que envolvem discursos desumanizantes ou negacionismo do Holocausto, afirmando que avaliará a intenção por trás das publicações antes de decidir pela remoção ou permissão de determinados conteúdos.

As modificações nas diretrizes da Meta são válidas globalmente, abrangendo todos os países onde as plataformas da empresa operam, incluindo o Brasil. A Meta, em entrevista ao jornal O Globo, esclareceu que as mudanças se aplicam de forma padronizada nas redes sociais da Meta.

O Globo

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