Nesta sexta-feira (11), os sites e aplicativos de apostas on-line não autorizados pelo governo começam a ser retirados do ar. Estima-se que mais de dois mil sites de apostas ilegais, cerca de 90% das empresas que atuam de forma irregular no país, serão bloqueados.
A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) iniciou na quinta-feira a notificação das prestadoras de telefonia para impedir o acesso de seus clientes a essas plataformas. A ação atende a um pedido do Ministério da Fazenda.
Até o momento, 96 empresas com 210 sites de apostas foram autorizadas a continuar operando até o final deste ano no Brasil. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ressaltou que hoje é o décimo dia de alerta para que os usuários retirem os valores que ainda estão nesses sites de apostas.
Apenas as empresas listadas positivamente pelo Ministério da Fazenda poderão operar nacionalmente até dezembro. Ao final do ano, a pasta concluirá a análise dos pedidos de autorização para verificar quais empresas cumprem com as leis e regulamentos de apostas esportivas e jogos on-line.
A partir de 1º de janeiro de 2025, as empresas que desejarem operar no Brasil terão que pagar uma taxa de R$ 30 milhões. A data marca o início do mercado regulado de apostas no país, que também deverá seguir rigorosas regras de combate à fraude, lavagem de dinheiro e publicidade abusiva.
O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, enfatizou que somente os sites regulares permanecerão em operação e pediu conscientização aos usuários.
Segundo dados do DataSenado, mais de 22 milhões de brasileiros apostaram nas ‘bets’ em setembro, representando cerca de 13% da população com mais de 16 anos. Mais da metade dos apostadores recebe até dois salários mínimos, e a maior parte gastou até R$ 500 em aplicativos ou sites na internet.