Mães de crianças com distúrbios do neuro desenvolvimento, como o transtorno do espectro autista (TEA), ocuparam as galerias da Câmara Municipal de Juazeiro do Norte, nesta terça-feira (6), para reivindicar a permanência dos acompanhamentos na policlínica de Barbalha, através do Centro de Estimulação Regional (CER) e do Centro de Especialidades Odontológicas (CEO).
Após a saída do município do consórcio de saúde, a prefeitura anunciou que as crianças passarão a ser atendidas em outras unidades de saúde municipais. A medida, contudo, não agradou as mães. Elas apontam que as clínicas conveniadas não têm a capacidade de abarcar o atendimento de cerca de 80 crianças que eram acompanhadas pelos equipamentos do consórcio de saúde.
“Com a saída desse consórcio nós estamos perdendo policlínica, CER, CEO regional. Nós estamos perdendo três atendimentos em um. Essas crianças que são atendidas na policlínica a nossa luta nossa é para que elas continuem lá. E as clínicas que o prefeito está contratando que coloque as crianças que estão na fila de espera”, sugeriu Francisca Gomes, que fez uso da tribuna da Casa.
“A retirada desse consórcio está nos deixando de mãos atadas. E nós vamos pra onde quando nosso filho estiver com dor de dente? Nós vamos pra onde quando nosso filho especial precisar extrair um dente? Os profissionais dos PSFs não extraem dente de leite de uma criança autista”, acrescentou.