O Núcleo de Educação e Promoção da Igualdade Racial de Juazeiro do Norte (NEPIR), por meio da SEDEST, promoveu nesta quarta-feira, 31, o evento de encerramento do “Julho das Pretas”, com a entrega da homenagem em forma do prêmio Beata Maria de Araújo a 17 mulheres negras. O evento ocorreu em parceria com o CRAS Frei Damião e o Polo de Convivência Frei Damião.
Esta homenagem teve início em 2022, onde 10 mulheres negras do Cras Frei Damião e 10 do João Cabral foram contempladas. Em 2023, a segunda edição dedicou-se a 21 mulheres. O prémio leva o subtítulo de “Da Maria de ontem às Marias de hoje”.
São mulheres com histórias que demonstram bravuras pela luta e defesa dos direitos do seu povo, da sua comunidade e território, sobretudo, pela luta do bem viver de muitas outras mulheres negras, quilombolas, indígenas, de terreiro e ciganas.
Feitas pela própria comunidade, as indicações das homenageadas buscou prestar respeito às histórias destas mulheres pelos serviços públicos prestados e pelos movimentos sociais. A indicação à homenagem é uma das potências do reconhecimento das histórias de vida destas mulheres negras e o seu legado para a comunidade juazeirense.
A Gerente do NEPIR, Juliana Peixoto, comentou acerca da manutenção anual do evento. “Nós já estamos no terceiro ano de implementação dessa agenda fixa nas políticas públicas de Juazeiro do Norte. Homenageamos 43 mulheres nas edições anteriores e nesse ano, 17. Criamos um subtítulo que é ‘Das Marias de ontem às Marias de hoje’. Então é um prêmio que valoriza essa figura da mulher negra, indígena, quilombola, que um percurso de bravura, de luta dentro da sua comunidade”, explica.
Entre as mulheres contempladas, estiveram presentes na cerimônia:
1. Yalorixá Odonfiladegi (MÃE GENÚVIA DE IEMANJÁ) – POVO DE TERREIRO;
2. Benilde Rodrigues Araújo – Descendente viva da Beata Maria de Araújo;
3. Francielly da Silva Félix – ANPSINEP/CE 4. Maria Gisele Silva de Lima – JUVENTUDE NEGRA
Essa data marca uma das muitas atividades que o NEPIR, por meio da SEDEST, vem construindo e desenvolvendo a partir de uma agenda pública permanente do mês do julho das Pretas, onde há a luta por ações efetivas de promoção da igualdade racial e de gênero nas políticas públicas de Juazeiro do Norte.