A estudante Juliana Soares, 35 anos, vítima de uma brutal tentativa de feminicídio em Natal, foi homenageada nesta segunda-feira (25) com a Comenda Maria da Penha, durante sessão solene na Câmara Municipal.
👉 Em 26 de julho, Juliana sofreu 61 socos do então namorado, o ex-jogador de basquete Igor Eduardo Cabral, dentro de um elevador em um condomínio de Ponta Negra.
👉 Ela teve fraturas graves no rosto e na mandíbula, precisando passar por uma cirurgia de sete horas para reconstrução facial.
👉 O agressor foi preso e se tornou réu por tentativa de feminicídio.
Durante seu discurso, Juliana relatou que ainda está em processo de recuperação, sem previsão de retorno às suas atividades de estudo e trabalho, mas ressaltou a importância da luta coletiva contra a violência de gênero.
💜 “Receber essa comenda é um símbolo de que não estou sozinha”, afirmou.
Feminicídio no Brasil
O caso de Juliana reforça a gravidade da violência contra a mulher no país. Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil registrou mais de 1.400 casos de feminicídio em 2023, revelando que, em média, uma mulher é morta a cada seis horas em razão de seu gênero.
A Comenda Maria da Penha é concedida a mulheres que representam a resistência e a luta pelos direitos femininos, simbolizando a importância de dar visibilidade às vítimas e reforçar políticas públicas de enfrentamento à violência doméstica.