O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) prestou depoimento nesta quinta-feira (18) após ser alvo da 24ª fase da Operação Lesa Pátria, que investiga envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. O parlamentar negou veementemente as acusações e afirmou não ter relação com os ataques aos Três Poderes.
Os mandados de busca e apreensão em endereços e no gabinete de Jordy na Câmara dos Deputados foram autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Moraes considerou trocas de mensagens interceptadas pela Polícia Federal entre o deputado e Carlos Victor de Carvalho, um dos organizadores dos atos em Campos dos Goytacazes (RJ).
Em seu depoimento, Jordy atacou a investigação, negou qualquer envolvimento com os atos antidemocráticos e alegou não ter tido acesso aos autos dos processos relacionados aos eventos de 8 de janeiro.
“Nunca incentivei, nunca financiei, não tenho relação alguma com o 8 de janeiro, não tenho relação alguma com ninguém dessas pessoas que foram para os quartéis generais. Eles falam que há mensagens minhas com pessoas, que eu seria um mentor, um articulador do 8 de janeiro e de estradas. Mentira, mentira. Eu nunca tive acesso a nenhum desses autos [de processos].”
Moraes atendeu ao pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e autorizou a quebra do sigilo telemático do parlamentar, permitindo o acesso a mensagens em dispositivos móveis, e-mails e conversas nas redes sociais. Carlos Jordy, em suas redes sociais, classificou a ação como um reflexo de uma suposta ditadura no Brasil.