Curitiba registrou 366 casos de hepatite A desde o início do ano até 28 de junho, revelou boletim divulgado nesta semana pela Secretaria Municipal da Saúde. No mesmo período do ano passado, foram apenas cinco casos. Já a série histórica da doença no município, entre 2012 e 2023, é de, em média, 12 casos ao ano.
A hepatite A é infecção viral que provoca inflamação no fígado. Embora a transmissão seja frequentemente ligada a condições de saneamento, a partir da ingestão de água ou alimentos contaminados, e também seja mais comum em crianças, um inquérito epidemiológico para entender o atual surto da doença na cidade indica que a principal fonte de contaminação foi sexual, e que a maioria das pessoas contaminadas são homens entre 20 e 39 anos.
A investigação foi realizada por equipes da secretaria e do EpiSUS (Programa de Epidemiologia Aplicada do Sistema Único de Saúde), do Ministério da Saúde. Entre os 366 casos de Curitiba, foram registradas cinco mortes, além de um transplante hepático em decorrência da doença. Além disso, do total de contaminações, 220 pessoas precisaram ser internadas e 12 tiveram que ser encaminhadas a uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva). A maioria é homem, 267 entre 366.
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