Crise no mercado de trabalho: falta de mão de obra ou rejeição a condições precárias?

O setor de supermercados enfrenta dificuldades para preencher vagas de trabalho, com cerca de 30 mil postos em aberto apenas no estado de São Paulo, segundo Erlon Ortega, presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas). A escassez de funcionários tem atrasado inaugurações e afetado o funcionamento das lojas.

No entanto, o debate sobre a chamada “falta de mão de obra” tem gerado repercussão nas redes sociais. O influenciador Rick Azevedo criticou as condições oferecidas pelas empresas, apontando que a escala de trabalho 6×1 — em que o funcionário trabalha seis dias e folga apenas um — compromete a saúde e a qualidade de vida dos trabalhadores, além de oferecer salários baixos.

Para Azevedo, o problema não é a nova geração que “não quer trabalhar”, mas sim a exploração excessiva, que tem levado muitas pessoas a buscarem alternativas mais equilibradas e justas no mercado. A hashtag #fimdaescala6x1 tem ganhado força nas redes, reforçando a insatisfação dos trabalhadores com as condições impostas pelo setor.


Especialistas apontam que, para reverter esse cenário, as empresas precisarão oferecer melhores condições de trabalho, incluindo salários mais atrativos e jornadas menos exaustivas. Caso contrário, a dificuldade para contratar pode se agravar nos próximos anos.

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