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Brigadistas florestais buscam regulamentação da carreira e melhores condições de trabalho

Brigadistas florestais buscam regulamentação da carreira e melhores condições de trabalho

 

Em meio ao aumento das queimadas e da crise climática no Brasil, brigadistas florestais contratados pelo governo federal enfrentam desafios relacionados à falta de regulamentação da profissão e salários baixos. Atualmente, esses profissionais essenciais no combate aos incêndios florestais recebem um salário mínimo de R$ 1.412, além de um adicional de insalubridade de 20%, que eleva o valor a R$ 1.694. Em cidades como Brasília e Rio de Janeiro, a remuneração pode chegar a R$ 1.953.

A categoria está em busca de formalização e melhores condições de trabalho. No último mês, a deputada Célia Xakriabá (PSOL-MG) apresentou um projeto de lei na Câmara dos Deputados que visa regulamentar a profissão. A proposta inclui direitos como assistência médica, apoio psicológico e seguro de vida para casos de acidente, além de aumentar os salários.

Atualmente, os brigadistas trabalham sob contrato temporário de até seis meses, sem possibilidade de prorrogação. Além do salário, recebem um auxílio-alimentação de R$ 1.000 e, em alguns casos, auxílio-transporte e pré-escolar de R$ 484,90. Para ocupar a vaga, é necessário ser alfabetizado e ter concluído o curso de formação de brigadas do Ibama ou ICMBio. O processo seletivo inclui análise de currículo e testes físicos e de habilidades. Supervisores, por exemplo, podem receber até R$ 5.280, conforme o último edital.

O Ibama, em nota, informou que os salários variam conforme a localidade e a complexidade do trabalho, seguindo os processos seletivos federais. O órgão também destacou que está em busca de melhorias nas condições de trabalho e no reconhecimento da importância dos brigadistas florestais.

Essa movimentação para regulamentar a profissão reflete o crescimento da demanda pelos serviços desses profissionais em razão das mudanças climáticas, que têm agravado os incêndios florestais em diversas regiões do país. A formalização pode ser um passo importante para garantir mais segurança e estabilidade para quem atua na linha de frente do combate às queimadas.

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