O ex-presidente Jair Bolsonaro participou, neste domingo (16), de um ato na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, em defesa da anistia para os condenados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. O evento reuniu apoiadores e diversas lideranças políticas alinhadas ao ex-presidente.
Bolsonaro chegou ao palco por volta das 10h15 e fez um discurso inflamado, no qual voltou a se posicionar contra o Supremo Tribunal Federal (STF). Ele afirmou que, se estivesse no Brasil no dia dos ataques, poderia estar “preso ou morto” e declarou que continuará sendo um “problema” para a Corte.
O ato contou com a presença dos governadores Cláudio Castro (RJ), Tarcísio de Freitas (SP), Jorginho Mello (SC) e Mauro Mendes (MT), além de parlamentares como Flávio Bolsonaro, Magno Malta e Nicolas Ferreira. O pastor Silas Malafaia foi um dos organizadores do evento.
Durante sua fala, Bolsonaro criticou as penas impostas aos envolvidos no 8 de Janeiro, sugerindo que as condenações foram calculadas para justificar uma eventual sentença contra ele. O ex-presidente reforçou que a oposição já teria votos suficientes no Congresso para aprovar o projeto de anistia e prometeu que um possível veto presidencial seria derrubado.
Bolsonaro também voltou a atacar o ministro do STF Alexandre de Moraes, alegando que a atuação dele foi decisiva para sua inelegibilidade até 2030. Além disso, levantou dúvidas sobre a legitimidade das eleições de 2022, citando um inquérito sigiloso do Supremo.
O evento reforça a estratégia do ex-presidente de mobilizar sua base e pressionar o Congresso a aprovar a anistia, tema que tem gerado intensos debates no cenário político nacional.