Bolsonaro diz ser perseguido e que delação de Cid é estratégia da defesa

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se defendeu das acusações sobre suposto plano golpista, após operação deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (8), ocasião em que disse ser alvo de perseguição política. Por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), teve que entregar o passaporte, medida cautelar que o impede de deixar o país.

Por telefone, ao Jornal da Band, além de negar todas as acusações, Bolsonaro comentou a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, ao afirmar que ele segue uma estratégia de defesa.

Entre os alvos da operação, está o general Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil no governo Bolsonaro. Nas redes sociais, o militar da reserva escreveu: “Não nos deixemos influenciar por narrativas que buscam distorcer a verdade e minar nossos princípios”.

O almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, afirmou que foi acordado em casa, às 6h15, pela Polícia Federal (PF). No texto, disse que os agentes levaram o telefone e papéis de projetos para atuar na iniciativa privada. Também pediu orações para ele e o Brasil.

Também em nota, a defesa de Filipe Martins, ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, preso no Paraná, alegou que não teve acesso à decisão e que já solicitou aos autos.

A operação também repercutiu entre aliados de Bolsonaro. No Congresso, o ex-vice-presidente, hoje senador Hamilton Mourão, reagiu com críticas ao Supremo.

“Lamentavelmente, nosso país vive uma situação de não normalidade. E, se as pessoas responsáveis e sérias não se reunirem para avaliar, diagnosticar e denunciar o que está acontecendo, não tenho a mínima dúvida de que nós estamos caminhando para a implantação de um regime autoritário de fato no país”, discursou Mourão no Senado.

Pelas redes sociais, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente, afirmou que a política do Brasil é feita pelo STF. A senadora Damares Alves (PL), ex-ministra de Bolsonaro, citou indignação.

A deputada Carla Zambelli (PL) disse que a operação de hoje se trata de uma perseguição descarada à oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), além de pedir para os opositores terem cuidado com o que falam, pois são alvos.

Fonte: Band

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