O anúncio da Meta, dona do Facebook e Instagram, de substituir o sistema de checagem de fatos por um modelo de notas da comunidade gerou críticas do secretário de Políticas Digitais do governo Lula (PT), João Brant. Ele classificou a decisão como um “convite ao ativismo da extrema direita” e uma ameaça ao equilíbrio de direitos no ambiente digital.
Sistema de checagem substituído
A Meta informou que o novo modelo será implementado inicialmente nos Estados Unidos, sob a justificativa de promover mais liberdade de expressão. Segundo o CEO Mark Zuckerberg, a mudança visa tornar a moderação mais comunitária, semelhante ao sistema do X (antigo Twitter).
Brant, no entanto, argumenta que a decisão é uma tentativa de enfraquecer governos que buscam regular plataformas digitais. Em postagem no LinkedIn, ele afirmou: “Facebook e Instagram vão deixar de proteger direitos coletivos e se tornar ferramentas políticas alinhadas ao governo Trump”.
Contexto político
O anúncio ocorre em meio à proximidade da posse de Donald Trump, que retorna à presidência dos EUA em 20 de janeiro. Zuckerberg já manifestou apoio ao republicano, participando de reuniões e declarando à Fox News sua intenção de “apoiar a renovação nacional da América”.
Brant também alertou sobre o impacto financeiro da decisão da Meta nas agências de checagem de fatos, que dependem da parceria com plataformas para manter suas operações.
Reações internacionais
A crítica de Brant ecoa preocupações de outros países, como membros da União Europeia e Austrália, que têm adotado medidas para regular o ambiente digital. Ele concluiu dizendo que a Meta “desafia a soberania dos países” e coloca em risco a confiabilidade das informações online.
Com informações do portal UOL