Na noite desta quarta-feira (27), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez um pronunciamento explicando as principais medidas do pacote de cortes no orçamento da União, que visa uma economia de R$ 70 bilhões nos próximos dois anos. Durante seu discurso, que durou cerca de oito minutos, Haddad detalhou os ajustes fiscais necessários para garantir a sustentabilidade da economia brasileira.
Uma das principais mudanças anunciadas foi a redução do abono salarial para quem recebe até R$ 2.640. Atualmente, o benefício é concedido a quem recebe até dois salários mínimos, ou R$ 2.824. O ministro afirmou que o valor do abono será corrigido pela inflação nos próximos anos e se tornará permanente quando atingir 1,5 salário mínimo.
Além disso, Haddad destacou a limitação das pensões e a fixação de uma idade mínima para os militares se aposentarem. Outra medida importante foi o ajuste na tabela de isenção do Imposto de Renda (IR), elevando a faixa de isenção para quem ganha até R$ 5.000 mensais, uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O ministro também mencionou que o governo aplicará um teto para o reajuste do salário mínimo, embora não tenha revelado um valor específico. No entanto, garantiu que o salário mínimo continuará subindo acima da inflação, com base nas novas regras fiscais do governo.
Haddad informou que 50% das emendas parlamentares das comissões do Congresso serão direcionadas obrigatoriamente para a saúde pública, com o objetivo de fortalecer o SUS. O montante total das emendas será ajustado para crescer abaixo dos limites das novas regras fiscais.
Essas medidas fazem parte do esforço do governo para equilibrar o orçamento, combater privilégios e garantir maior igualdade fiscal no país.