O advogado Cezar Bittencourt, que faz a defesa de Mauro Cid em meio a investigações da Polícia Federal, afirmou nesta terça-feira (13) que o militar tinha que seguir todas as ordens do então presidente Jair Bolsonaro.
Segundo ele, se Bolsonaro pedisse para ele matar alguém, iria cometer o crime. “Vai ter que matar, ele tem que cumprir ordens”, disse em entrevista ao BandNewsTV.
Bittencourt afirmou que Cid foi prejudicado ao ser colocado no posto de ajudante de ordens da presidência da República. “Mauro Cid era comandante do batalhão de Goiânia, era o caminho natural da carreira dele, ele foi prejudicado quando os generais o mandaram assessorar o presidente. Ele iria falar não? Aí o chefe dele passa a ser o presidente, o presidente passa as coordenadas e ele vai fazer”, disse.
“Não se discute ordens, isso é questão de direito militar, tem tribunal para isso, mas para entender, é isso: ou faz, ou é substituída, na relação privada, imagine no militarismo? Lá não pestaneja”, pontuou Cezar Bittencourt.
“Não se discute ordens, isso é questão de direito militar, tem tribunal para isso, mas para entender, é isso: ou faz, ou é substituída, na relação privada, imagine no militarismo? Lá não pestaneja”, pontuou Cezar Bittencourt.
Também na entrevista, Cezar Bittencourt afirmou que o golpe de Estado não ocorreu por opção das Forças Armadas. “Só não houve golpe por uma razão: o Exército não topou, simples assim. Porque o Exército sabe quem foi o capitão indisciplinado que formou complô contra o próprio Exército, acha que iriam embarcar nessa furada?”, questionou.
Para Bittencourt, o Exército não acredita em Bolsonaro. “Não tenho nada a ver com ele, eu defendo o Cid e estamos dispostos a colaborar com o Exército, mas não podemos inventar”, pontuou.
O advogado também citou que Cid não irá omitir nenhuma informação para a Justiça ou ao Exército. “Temos uma relação excelente com as autoridades policiais, mas não podemos omitir, se pergunta, responde. É uma questão de especulação, de mídia, aliás o Brasil adorou ver a conferência. Aí desnudou toda a trama, ali ficou claro que ele queria apoio das Forças Armadas”, disse, citando a reunião de Bolsonaro com ministros.
Fonte: Band