O novo pontífice da Igreja Católica deve ser decidido por um grupo de cardeais mais diverso e ‘global’, com 133 pessoas de 71 países diferentes — contra 48 países do Conclave anterior, que elegeu Francisco.
Neste novo pleito, vão “estrear” representantes da Papua-Nova Guiné, Mali, Mongólia e Laos. “Francisco aumentou muito a proporção de cardeais que não são europeus nem norte-americanos. […] A tendência é que esses cardeais de fora da Europa e dos EUA busquem uma opção de papa mais firme“, avaliou Francisco Borba Ribeiro Neto, sociólogo especialista em religião e ex-coordenador do departamento de fé e cultura da PUC-SP.
O sociólogo também abordou o funcionamento de uma eleição para o papa: “Temos a tendência a olhar para o conclave como olharíamos para a eleição de presidente da Câmara [dos Deputados]. Essa imagem não funciona, porque os cardeais são pessoas muito independentes: cada um é como um ‘senhor feudal dentro da sua diocese“, disse.
A votação também não deve ser extremamente polarizada. Conforme analisado, os grupos extremistas são minoria no Conclave e não devem ter poder para influenciar a escolha do novo pontífice.
