O motorista de aplicativo envolvido no caso em que uma jovem de 22 anos foi deixada desacordada na calçada em frente ao seu prédio, em Belo Horizonte, foi formalmente indiciado por abandono de incapaz. O inquérito, concluído na última terça-feira (8), foi encaminhado à Justiça. A investigação teve início em 30 de julho, quando a vítima foi estuprada após sair de um show do cantor Thiaguinho no Estádio Mineirão.
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Segundo informações da polícia, o motorista de aplicativo relatou em depoimento que solicitou ao amigo da jovem, responsável por chamar o carro, que a acompanhasse até sua casa. A delegada a cargo do caso explicou: “O amigo afirmou que o irmão dessa jovem estava na porta da casa deles, aguardando. Inclusive a corrida foi compartilhada, a localização foi compartilhada com o irmão”.
O motorista afirmou também que deixou a jovem na entrada de sua residência e voltou após alguns minutos, encontrando-a já ausente. Imagens desse momento foram posteriormente divulgadas pelo programa “Fantástico”. A delegada acrescentou: “Ele imaginou que algum familiar ou o próprio irmão teria buscado a jovem e subido para casa com ela”.
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A responsabilidade criminal do amigo que solicitou o carro para a vítima, assim como do motociclista que auxiliou o motorista a retirar a jovem do veículo, foi descartada pela delegada. O foco da investigação permanece sobre a conduta do motorista, que está sendo apurada em relação ao artigo 217, que trata do estupro de vulnerável.
O motorista de aplicativo pode ser condenado por abandono de incapaz, com pena variando de um a doze anos de prisão, podendo ser agravada em casos de “abandono em lugar ermo”. Paralelamente, Wemberson Carvalho da Silva, de 47 anos, suspeito de estuprar a jovem em um campo de futebol na Região Noroeste de Belo Horizonte, foi indiciado pela Polícia Civil por estupro de vulnerável. A polícia continua a investigação para esclarecer todos os detalhes desse caso que gerou grande comoção na cidade.
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